Tese

Tese para anular auto de infração pelo princípio da insignificância

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Advogado Ambiental
49222/SC
Fundador do escritório Farenzena & Franco. Advogado especialista em Direito Ambiental pela UFPR, pós-graduando em Direito Penal e Processual Penal e idealizador do AdvLabs.
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Princípio da insignificância

Resumo:

Apesar de o princípio da insignificância ser de aplicação excepcional e ter lugar, notadamente, no direito penal, também entendemos cabível ao Direito Administrativo Sancionador para afastar a tipicidade material e tornar o comportamento atípico, sobretudo quando o dano causado ao bem jurídico protegido pela norma for desprezível, tornando desproporcional a pena cominada.

A insignificância é excludente da culpabilidade por não se dar efetiva ofensa ao bem jurídico. Para a sua incidência, entretanto, devem ser considerados aspectos objetivos referentes à infração praticada, assim como a mínima ofensividade da conduta do agente, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento, bem como a inexpressividade da lesão jurídica causada.

A tese visa demonstrar o cabimento do princípio da insignificância nas hipóteses de baixo grau de gravidade da conduta e mínima ofensa ao bem jurídico, ou seja, que o bem jurídico protegido pela norma que prevê a infração administrativa não foi violado pela parte autuada a ponto de merecer reprimenda.

A tese defende que infrações minimamente ofensivas ao meio ambiente não podem ser consideradas infrações à ordem administrativa, mas sim meras irregularidades que não autorizam a aplicação de sanções.

Objetivo:

Declarar a nulidade do auto de infração ambiental através do princípio da insignificância em razão de a conduta ser minimamente ofensiva ao meio ambiente.

Dicas práticas de quando e como usar essa tese

A tese é cabível quando diante da mínima ofensividade da conduta da parte autuada; ausência de periculosidade social da ação; reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e, inexpressividade da lesão jurídica causada, que, por consequência, tornam atípico o fato apurado.

Assim, a tese defende que nos casos em que o próprio agente de fiscalização descreve no auto de infração um ínfimo bem jurídico violado e que a suposta conduta praticada não atingiu grandes proporções, não será o direito administrativo sancionador o ramo a ser acionado para tutela de um bem jurídico que não se viu ultrajado apenas em razão ao desrespeito de um dispositivo legal, atraindo a incidência do princípio da insignificância.

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    Assuntos: Princípios
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    49222/SC
    Fundador do escritório Farenzena & Franco. Advogado especialista em Direito Ambiental pela UFPR, pós-graduando em Direito Penal e Processual Penal e idealizador do AdvLabs.
    Tipo de material: Teses
    Matérias: Direito Administrativo Ambiental
    Tipificações: Decreto 6.514/08

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